O Grito - Edvard Munch
"Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada."
(Trecho do poema "No Caminho, com Maiakóvski"
de Eduardo Alves da Costa)
de Eduardo Alves da Costa)
Então, sempre que vejo esse texto me lembro dos tempos de facul quando tentaram fechar o curso de História da cidade onde moro e nós acampamos no Hall de entrada da prefeitura declamando poesias em forma de protesto, essa era a mais popular :)
ResponderExcluirDiz tanto com tão pouco né?
Acho formidável!
Beijos
Excelente o texto...
ResponderExcluirO negócio é gritar nos momentos certos,para evitar que sejamos nós mesmos os responsáveis pelo desgaste da nossa voz ( o que ocorre, muitas vezes...)
bom fim de semana!